HISTORIETAS

       ROSA E ESPINHOS - 2

  Rapidamente essa foto viraliza pela internet.

  Há várias rosas  tatuadas nos braços e costa de Dona Rosa.

  E não demora muito, para alguém dar zoom na foto, e perceber que no meio de todas as rosas, há cicatrizes, como se as tatuagens escondessem elas.

  Rosa resolve finalmente explicar em uma entrevista, depois de ser muito questionada sobre as rosas e as cicatrizes:

 -Há exatos 3  anos, eu fui casada e tive um filho, depois que meu filho cresceu e estava com 20 anos, resolvi deixar de lado meus deveres de dona de casa, e me concentrar na minha carreira de fotografa, já que eu me formei pra isso, e deixei de lado para me dedicar ao marido e filho. Em nenhum momento pensei em abandoná-los ou deixá-los de lado. Só queria focar em construir minha carreira. Mas meu marido não viu desta maneira, ele queria que eu continuasse como estava. Então depois de uma discussão, uma grave briga, estava saindo do chuveiro, meu filho dormindo em seu quarto, ao tirar a toalha, senti uma dor imensa nas costas e coloquei a mão, quando vi o sangue, não consegui virar, e logo veio as outras facadas, cai ao chão, no total foram 9 facadas, 5 nas costas e 2 em cada braço.

  -Fiquei desacordada por alguns segundos, então não sei como, acordei e rastejei até o criado mudo, peguei o celular e chamei a ambulância. Acordei no hospital, meu marido havia desaparecido, meu filho estava ao lado do leito no hospital, dormindo sentado.

  -Desde então, jurei achá-lo e faze-lo pagar, segui com minha carreira, e sempre procuro por ele, com ajuda do meu braço direito Jonas e outros. 

                                       FIM...

HISTORIETAS

    ROSA E ESPINHOS - P 1

  Quem vê Dona Rosa agora, não a reconhece mais.

  Ela se tornou uma pessoa fechada e de poucas palavras.

  Não sorri muito. Se fechou para a vida.

  Isto tudo, ninguém sabe, o único que sabe, mas também não conta, é seu braço direito Jonas.

  Desde que Dona Rosa, surgiu nos negócios da indústria fotográfica, todos querem fotos suas.

  Dona Rosa, é uma fotografa muito talentosa, que todos querem e correm atrás, mas ela é quem da a palavra final.

  Ela já percorreu, vários países fazendo seu trabalho, com seu braço direito e sua equipe.

  Mas algumas pessoas que conheciam Rosa antes, dizem que ela era uma pessoa doce, atenciosa, conversava, sorria muito, e ai depois que ela sumiu por um tempo, voltou fechada e séria.

  Quando perguntada, simplesmente ela diz: - Algumas pessoas aprendem da maneira mais dura. A vida ensina.

  Fecha o semblante, e sai andando sem dizer nada.

  Seu braço direito Jonas, está sempre ao seu lado, mantendo Dona Rosa informada das coisas, incluindo conversas secretas que ninguém escuta o que é, pois eles cochicham um no ouvido do outro.

  Há rumores de que ela procura por uma pessoa que a prejudicou muito, mas ninguém sabe quem, o que, e o porque.

  Uma vez alguém ouviu ela dizer para Jonas, que não vai descansar até encontrar o que procura, e Jonas disse que também não descansaria.

  Constantemente, ela é perseguida por pessoas querendo revelar seus segredos, então uma foto é tirada, enquanto ela trocava de roupa para um evento fotográfico.

  Rapidamente a foto viraliza na internet.

 

                                        FIM...

HISTORIETAS

                      EGRU -3

  Apesar de odiar vocês da raça humana, e querer muito extinguir da face da terra.

  Não estava preparado para o fato, que me fez deixar vocês permanecerem vivos.

  Eu vi e passei por vários períodos da história, e depois de muito odiá-los, quando finalmente resolvo desobedecer ordens, e limpar este mundo, mesmo que resulte na minha existência acabar. Naquele exato momento, em uma praça, cabelos voando ao vento, a luz do sol em seu rosto, rosto que era muito imponente, andando na minha direção, e tudo parecia desacelerar.

  Então finalmente esse ser para, sorri pra mim, e diz: -Minha nossa, de perto você é ainda mais bonito.

 Sem entender, eu vejo esse ser se afastando, e indo embora.

  Parado sem reação, sinto meu coração vivo, e sem saber experimento o que vocês humanos, chamam AMOR.

 Não me entendam mal, eu ainda quero exterminar sua raça, mas vou esperar por agora.

  Voltei  na praça por alguns dias, na esperança de ver esse ser novamente.

 Um dia sentado na mesa em frente a loja de sorvetes, em frente à praça, alguém senta ao meu lado e diz: - Você também gosta de sorvete, eu amo sorvete. Olá eu sou Clara, e o observo há algum tempo, qual é seu nome?

  Gaguejando eu digo: -Meu nome é EGRU. Como assim, me observa há um tempo?

  Ela segura minha mão, e eu sinto que meu coração irá explodir.

  Há um mês, você mudou para a casa de frente à minha, e eu tenho te observado. Te segui algumas vezes, notei que você é sempre sério, mas ao mesmo tempo gentil com algumas pessoas.

  Eu só sou gentil, com quem verdadeiramente sei que é bom, porque muitas vezes, esses seres bons, pagam pelos maus.

  -Como assim seres?

  -É complicado, você deve ficar longe de mim.

  Mas quando digo isso, seu semblante fica triste, e meu coração dói.

  Ela me pergunta se meu coração já tem alguém. Eu digo não, e então ela sorri.

  E eu percebo que quero ver esse sorriso pra sempre.

                                             FIM...

  

HISTORIETAS

                 EGRU- 2

  Sempre que o que vocês chamam de divindade precisa de mim, eu tenho que atender seus pedidos.

  Aparentemente, minha irmã mais velha disse que ele pode me fazer deixar de existir.

  Então, como eu gosto de existir, sempre atendo seus pedidos e vontades.

  Emprestei a ele, outras vezes meus serviços, mas me lembro de uma vez, muito importante pra ele, em que ele queria lavar esse mundo, de toda a maldade.

  Me lembro bem, pois fiquei impressionado com o tamanho da caixa, que aquele velho construiu, o que de nada adiantou, pois mesmo assim a maldade sobreviveu.

  O que depois entendemos, que a maldade mora dentro de cada um de sua raça.

  Eu sugeri, engolir tudo em fogo, e começar novamente, mas ele resolveu dar outra chance a vocês.

  Me proibiu, me meter nesse assunto.

  Então voltei para o tédio da minha existência.

  Anos depois, entendi que aquilo era um tipo de barco, na época eu não sabia.

  Mesmo agora, ainda quero exterminar sua raça, a divindade me proibiu, na verdade estou na espera de um fato, e só por causa desse fato, é que vocês ainda existem.

 Vocês estão curiosos ? Eu vou contar desde o princípio.

                                       FIM...

HISTORIETAS

       EU NÃO SINTO NADA.

  Quando pequeno, eu gostava de cuidar de machucados, quando as pessoas se machucavam.

 Eu gostava se cuidar dos machucados, pelo simples fato, de achar engraçado, a reação que a pessoa tinha.

 O fato de ela se contorcer com a dor, me dava um grande prazer em ver aquilo.

 Ninguém nunca percebeu, que aquilo estava acontecendo, por tanto, ninguém me disse que era cruel se divertir com a dor dos outros.

 Eu cresci querendo ser médico ou veterinário, só pra ter o prazer em ver as pessoas e animais se contorcendo.

 Mas a vida resolve editar algumas pessoas, e eu fui escolhido, a vida simplesmente resolveu fazer uma edição em que eu, teria que assumir outras responsabilidades.

 Me casei, tive filhos, dois pra ser exato, tive que trabalhar para dar tudo o que eles precisavam, então por um tempo, me esqueci do que mais gostava.

 Então um belo dia à oportunidade bateu na minha porta.

 Depois de um dia estressante, parei em um mercadinho pra comprar algo pra beber, essa pessoa se aproximou bêbada, dando em cima de mim, à princípio recusei, ela me seguiu, então algo acordou em mim, me lembrei de uma fabrica abandonada, levei essa pessoa pra lá, e foi ai que tudo começou.

 Ela achou que faríamos algo mais, mas que pessoa tola, acertei a cabeça dela com um pedaço de madeira, ela desmaiou, arrastei ela e amarrei, com fios de força que estavam por ali, fui pra casa, voltarei amanhã.

 Avisei em casa que começaria a chegar um pouco tarde, coloquei em uma bolsa, alfinetes de costura, facas de caça, alicate de podar, alicate de fio, muito álcool.

 O que eu fiz com essa pessoa, não queira saber, só saiba que em resumo, eu cheguei ao êxtase, me diverti muito, e um belo dia, me peguei pensando em fazer com meus filhos, tudo e muito mais.

 Resolvi fugir pra bem longe, sem dar explicações, pois percebi que faria com meus filhos tudo aquilo, sem hesitação, percebi que EU NÃO SINTO NADA.

 Nem amor, nem carinho, sequer uma consideração.

 Mas mesmo assim, eu os criei, e torço pra terem puxado pra mim, pois segui fazendo outras vitimas, e devo dizer que é muito divertido, e mesmo que eu morra, EU NÃO SINTO NADA :) :) :) . 

             (relato fictício de um psicopata)    FIM.