HISTORIETAS

                 OS VAPOROSOS - P1

  Morava eu em uma cidadezinha desconhecida para a maioria das pessoas, mas para cidades próximas e para os policiais dali, éramos conhecidos como a cidade dos esquecidos.

  Havia um fato curioso que sempre acontecia por aqui.

  Pessoas desapareciam, ninguém achava estranho, porque ninguém lembrava no outro dia, exceto eu.

  Sim, eu me lembrava de tudo, da pessoa desaparecida e do porque ela desaparecera.

 Enquanto todos enxergam o que querem, eu enxergo o que não quero, mas não é tão simples quanto parece.

  Na minha cidadezinha há seres que só eu vejo, desde criança eu enxergo eles, eles são seres invisíveis aos olhos das outras pessoas, pra mim eles se parecem com vapor, isso mesmo vapor.

  Não sei se são de outro planeta, ou uma evolução humana, só sei que eu descobri desde criança que eles não gostam quando alguém os enxerga, por isso eu finjo não ver.

  Semana passada, estava no posto de saúde para uma consulta médica, quando vi uma adolescente correndo com muito medo, ela os tinha visto, eles a cercaram em quatro, e simplesmente ela desapareceu, é assim que acontece, a pessoa paralisa, não consegue falar e então vira vapor.

  Quando eles te cercam, estão sempre em quatro, porque criam uma barreira invisível, e nada nem ninguém te vê, até que te vaporizam.

 Avisei meus filhos que se um dia os virem, para fingirem que não viram senão serão levados, eles acham que sou louca, como  tentei avisar quando criança à todos.

 Se existe uma maneira de derrotá-los, é claro, mas não é eficaz e sim temporário, por isso sigo na minha, até porque ninguém lembra da pessoa depois, parece ser deletado de suas mentes quando vira vapor.

  Somos conhecidos como os esquecidos, pois as cidades vizinhas lembram de algumas pessoas que desapareceram e nós não, já houve investigações, nada foi encontrado, ninguém lembra, então eles tem medo da nossa cidadezinha, é basicamente isso.

 AH, e eu aparentemente sou a louca da cidade.

                                   fim...    

HISTORIETAS

                  O PADEIRO FANTASMA 

  Aqui na minha cidade, mais especificamente na minha rua.

  As crianças chegavam da escola, e ficavam brincando na rua até meia noite, afinal era uma época com pouca violência, não como agora.

  Nós chegávamos da escola, e todo mundo se juntava, tinha umas 20 crianças na minha vila.

 Pulávamos corda, andávamos de bicicleta, esconde-esconde, amarelinha e outras brincadeiras.

 Minha mãe não gostava, e não deixava minhas irmãs e eu, ficarmos acordadas até meia noite. Ela dizia que nesse horário passava o padeiro fantasma, com o cavalo e a carroça quando era meia noite. Ela nos colocava para dormir sempre as 10 horas.

 Uma noite, resolvemos esperar ela dormir, para ver o fantasma do padeiro.

 Era fácil saber se minha mãe estava dormindo, pois parecia que dois crocodilos estavam brigando.

  Então esperamos ela dormir, e fomos para a sala.

  Na sala havia uma janela com grade, nós abrimos uma fresta e ficamos esperando.

  Foi emocionante a espera, o medo de minha mãe acordar, na minha época era só chinelada que voava. Será que vamos ver o fantasma ? Enfim, era adrenalina pura 😂.

  Chegada a hora, nós ouvimos um som de cavalo e carroça ao longe, e nos entreolhamos com muito medo.

  Quando de repente percebemos um silencio estranho 😐, e foi só chinelo voando pra todo lado 😬.

  Minha mãe acordou e ficou zangada conosco, nós dissemos enquanto corríamos do chinelo, ter ouvido o cavalo e a carroça.

  Minha mãe ainda brava disse : -É claro, o padeiro mora ali em cima, e ele trás o cavalo e a carroça, porque é ele quem cuida, agora vão dormir 😡.

 E nós no outro dia 😂😂😂😂😂.

                                                      FIM.

  

 

   

HISTORIETAS

   A CULPA É DO ¨VINHO¨.

  Sueli é uma jovem nos seus 25 anos, de uma beleza única, ela sempre esteve rodeada de rapazes, todos querendo ser seus namorados.

 Mas ela sempre foi comportada e nunca deu chance para eles.

 Até que conheceu Leandro. Ele era um rapaz bonito e simpático, logo conquistou Sueli, e a levou para casa para uma ¨noite de vinhos¨.

  Um mês depois, Leandro já havia sumido, e Sueli estava muito diferente, suas amigas perceberam e queriam ajudar, saber o porque da mudança.

 Toda noite Sueli levava um homem pra casa, e fazia uma ¨noite de vinhos¨.

  Foram 15 dias, ou seja, 15 homens que Sueli ficou.

 Até que em uma noite, perto de sua casa, suas amigas viram três homens, espancando uma mulher.

 Elas gritaram por socorro, então os três fugiram.

 Quando se aproximaram pra ajudar, viram que era Sueli.

 Carregaram ela até sua casa, e chamaram a policia.

 Enquanto esperavam, começaram a questionar Sueli, do porque ela estava apanhando.

 Mas ela só sabia rir e chorar ao mesmo tempo.

 Então chega a policia, o policial se aproxima agacha e diz à Sueli, que ela pode contar o que houve sem medo.

 Mas Sueli ri e chora.

 O policial diz que ela está em choque, levanta e anda até a porta.

 Olhando em volta, Sueli levanta e vai na direção de uma mesa com gaveta, abre a gaveta pega algo, colocando atrás das costas enquanto vira, olhando todos.

 O policial na porta, as amigas sentadas no sofá, olham para Sueli.

 Sueli diz : -Há um mês e quinze dias atrás, eu deixei o ¨vinho¨ falar por mim, então aquele desgraçado do Leandro, me passou AIDS, por 15 dias, eu me vinguei de 15 homens nessa merda de vida, agora eles descobriram e estão vindo atrás de mim, já não vejo sentido ou motivo para continuar, todos eles já sabem.

 Ela puxa a mão de trás das costas, engatilha, aponta para a cabeça e atira.

 Em segundos, há sangue e cérebro pra todo lado.

 Todos em choque, paralisados, olhando aquilo tudo 😮 .

 

 

HISTORIETAS

                   EGRU - 5 PF

  O fato de poder ver ela, nem que fosse ao longe, me agradou a mente, então aceitei.

 Pensando bem, se eu matei 50 mil no total, que havia nessa cidadezinha.

 Então eu terei que esperar 50 mil gerações para ficar com ela, eu não acho que ela iria gostar disso.

 Então disse a Divindade :

-Vou esperar a primeira geração que ela nascerá, e explicarei e perguntarei o que ela acha de tudo isso, dependendo da resposta dela, eu aniquilarei esse planeta de sua existência.

 Surpreso, a divindade fica pensativo por um tempo, então diz: - Está bem, vou permitir que se aproxime dela, mas terá que cumprir as gerações todas, e ao invés de protege-la, terá que proteger a cidade inteira.

 Eu percebi. Se ele me matar, terá que matar tudo o que ele criou, pois  sem mim, o que ele criou não sobrevivi.

 Mas enquanto eu tiver Clara, não vou me importar com vocês, porque a única coisa que quero está aqui.

 Afinal sem esse simples fato chamado Clara, hoje vocês estariam todos mortos.

 Eu sou os 4 elementos.

 Meu nome TERRA

                 FOGO

                   AR

                ÁGUA.

HISTORIETAS

                   EGRU - 4

 E foi ai que o fato aconteceu.

 O fato que me faz deixar sua raça permanecer viva.

 Durante alguns anos, nós permanecemos juntos e apaixonados.

 Deixei claro para ela, que não posso ter filhos, e nunca poderei, óbvio que não disse que era porque não sou humano, e não tenho esse propósito de vocês, afinal eu viverei eternamente.

 Mesmo assim ela me amou incondicionalmente, e eu retribui.

 Naquela noite em questão, estávamos caminhando, no mesmo parque que à vi.

 Houve uma briga entre dois drogados, um deles puxou uma arma, e disparou para todos os lados.

 Corri para entrar na frente de Clara, afinal não posso morrer senão pela mão da divindade, mas era tarde demais.

 Clara foi atingida, em cheio no coração, não pude nem me despedir ou tentar salvá-la.

 A fúria tomou conta de mim, então engoli toda a cidade, levando todos os seres que estavam ali.

 Quando a divindade viu o que fiz, pensei que finalmente minha irmã mais velha, me levaria, e estava pronto.

 Ao invés, a divindade me disse que entendia o motivo, e me amaldiçoou, fazendo eu esperar por cada geração que ela nascesse de novo, eu deveria cuidar e proteger ela, sem que eu pudesse me aproximar.

 Por cada vida que tirei, independente de humano, animal ou planta, eu não poderia me aproximar dela, e ela teria que morrer de velhice.

 Pois se ela morresse por outros motivos, e eu não a protegesse, seria mais uma geração acrescentada a maldição.

 Somente ao fim de todas as gerações, eu poderia voltar a ficar com ela.

 Me coloquei à pensar naquilo tudo, e a resposta depois eu conto. Quem sou eu? Vocês já descobriram?.

       

                                FIM...

                              

HISTORIETAS

      ROSA E ESPINHOS - PF

 -Por 3 anos tenho procurado.

 -Fiz as tatuagens, pois me incomodava vê-las no espelho.

 -Não espero que entendam, mas não descansarei enquanto não achá-lo.

 -Meu filho está procurando por ele também.

   Todos ficam imensamente surpresos com sua história, alguns apoiam, outros criticam dizendo que deveria esquecer e seguir adiante.

  Um ano se passa e todos já haviam esquecido. Dona Rosa estava cada vez mais famosa por suas fotos.

  Enquanto voltava para casa com seu braço direito Jonas, eles passavam por uma rua, que não havia movimento de carros ou pedestres. Então um morador de rua levanta da calçada e para na frente dos dois: -Eu deveria ter me certificado de tê-la matado naquele dia, sua vaca.

  Ele levanta uma faca e estende na direção dos dois.

 -Finalmente te achei, eu nunca deixei de procurar você, e olha só, você aí. Diz Rosa olhando para o homem.

 -Olha só Jonas, o infeliz nos achou, que piada.

  O morador de rua, olha com os olhos arregalados para Jonas e diz: - Me desculpe filho, mas vou ter de matar sua mãe de vez, agora.

  Jonas olha para ele, sorri e diz: - Boa sorte pai. E sai de lado, encostando na parede.

  Ele ataca Dona Rosa com a faca. Ela desvia, dá um golpe em seu braço, fazendo a faca cair ao chão, pega a faca e enfia em seu pescoço, fazendo ele engasgar no próprio sangue, tudo em questão de segundos.

  Durante esses 4 anos, Rosa treinou e aprendeu artes marciais para defesa, junto com seu filho e braço direito Jonas, esperando por esse momento.

  Eles permanecem ali, vendo ele morrer com o próprio sangue.

  Por sorte, estavam de luvas por estar friozinho, e não haviam câmeras de  segurança naquela rua.

  Então nunca souberam quem esfaqueou o morador de rua, pois não tinha documentos, e suas digitais foram estragadas de alguma forma, foi enterrado como indigente.

  Só pensaram ter sido uma briga entre dois moradores de rua.

 Mesmo depois disso, Rosa ainda tem pesadelos com aquele dia. Ainda tem seus espinhos para domar. E os dois seguiram com suas vidas.

                                 FIM.